Aumento da taxa audiovisual e de publicidade são "erros"

A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP repudia aumento da Contribuição Audiovisual (CAV) e da publicidade, manifesta-se "contra uma possível lógica de desmembramento" e recomenda "pressão política clara" sobre o governo para obter "dinheiro".
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"Se o governo não dá ao Conselho de Administração o dinheiro necessário, é preciso conseguir que passe a dar-lho. O problema resolve-se com pressão política clara e assumida - não com sofisticados esquemas de engenharia financeira", escreveu a CT da RTP, em comunicado enviado esta quinta-feira às redações.

Um documento onde o organismo que representa os trabalhadores da RTP classifica de "um erro de palmatória reivindicar um aumento dos tempos de publicidade", bem como "um erro reivindicar um aumento da CAV". A CT "pronuncia-se contra uma possível lógica de desmembramento" seja pela transferência da Praça da Alegria para Lisboa, "com contrapartidas para o Centro de Produção do Norte que vieram a revelar-se ilusórias", seja pelo "trespasse duma quota da RTP-Açores ao Governo Regional" ou até "contra uma 'parceria tecnológica' queimplicasse a privatização da RTP Meios".

A CT contesta a posição do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, vincando que a RTP "não pode ser uma 'agregadora de conteúdos', como diz o ministro. Tem de produzir e fazer produzir conteúdos" com "critério de serviço público". Ao Conselho de Administração, presidido por Alberto da Ponte, os trabalhadores pedem que "reate o diálogo" com a CT e asseguram que de onde veio a ideia de "reivindicar um financiamento do Estado para o Arquivo e Canais Internacionais", podem vir propostas sobre "Televisão Digital Terrestre, emisores de rádios ou reorganozação de conteúdos".

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